quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Saia-justa na cama...





Afinal, quem nunca cometeu uma gafe entre quatro paredes?

ATENÇÃO: ESTA MATÉRIA POSSUI CONTEÚDO DE TEOR SEXUAL, SENDO IMPRÓPRIA PARA MENORES DE 18 ANOS.



Está lá no dicionário: saia-justa - situação desfavorável, embaraçosa, desconcertante. Acontece todos os dias, com todo mundo, em qualquer lugar e a qualquer hora. Quando rola durante o sexo, parece que a saia é ainda mais justa, justíssima, dá um mal-estar súbito e vem a vontade de enfiar a cabeça debaixo dos lençóis. Mas vamos combinar que entre quatro paredes pode tudo, até situações constrangedoras. Só morre quem está vivo, só bate quem dirige, só ganha na loteria quem aposta e só passa por uma tremenda saia-justa na cama quem transa. Então, nós que, felizmente, somos sexualmente ativos temos que estar preparados para ela. Sem roupa, sim, mas sem sair do salto.



“O melhor é usar da criatividade e fazer daquilo uma brincadeira. Com humor, pode-se falar tudo e lidar com tudo, até com saias-justas”


Uma das características da saia-justa é que ela acontece quando a gente menos espera - o fator surpresa deixa os envolvidos sem saber o que fazer. Aí haja jogo de cintura e presença de espírito. Sabrina L., de 29 anos, tinha acabado de terminar um namoro e era a primeira vez em que saía com um novo rapaz. Estava vivendo cena de filme, jantares, flores. Levou o garoto para sua casa e estava tudo se encaminhando com naturalidade, quando ela teve a idéia de enfiar a mão na gaveta da sua mesa de cabeceira e pegar um preservativo. Até aí tudo bem, não fosse uma peça do destino: no escuro, por um descuido, ela pegou a camisinha que o ex usava, tamanho extra-longo. "O menino vestiu mas não preencheu a camisinha inteira. Ficou sobrando camisinha, aquele negócio pendurado, e se configurou uma cena patética: parecia uma criança usando o pijama de adulto do pai", conta Sabrina.


Ela admite não ter sabido contornar a situação. "Eu fiquei super sem-graça e o garoto também. Ele se sentiu diminuído, literalmente. O jeito foi pedir desculpas e pegar outra camisinha, sem estender muito o assunto", lembra ela, que caprichou nos amassos como quem pede desculpas pelo ocorrido. Os dois acharam por bem ignorar o assunto e voltar aos beijos cinematográficos. "No dia seguinte, joguei as camisinhas fora, para não passar pela mesma situação outra vez", conta.


Um banho, por favor...


A professora de inglês Patrícia H., de 28 anos, também passou uma situação embaraçosa com um pretendente a namorado. "Saímos para jantar e emendamos um motel. Lá eu iria começar pelo oral, quer dizer, tentei começar: quando comecei a descer pela barriga dele, senti um odor desagradável", lembra a professora, que mudou de planos imediatamente. O que ela não contava é que o dono do mau cheiro, cheio de fogo, iria insistir para que ela continuasse barriga abaixo. Deu-se a saia-justa. "Falei para gente ir pro chuveiro, que ia ser melhor e tal. Argumentei que a gente tinha trabalhado o dia inteiro e que eu queria tomar um banho para ele, mas não adiantou. Aí abri o jogo e falei rindo ‘ah, mas tá sujinho'... Ele ficou magoadérrimo", diz Patrícia, que conseguiu arrastar o cara para a banheira e não se arrepende de ter soltado o verbo. "Ele aprendeu, porque, na vez seguinte, foi direto para o banheiro quando chegamos! Ah, tem que contornar com graça", ensina.


Falha nossa, quer dizer, dele


Para um homem, a maior saia-justa de todas é, sem dúvida, falhar. Em segundo lugar, queimar a largada, ou seja, ter ejaculação precoce. Quando acontece, eles não sabem o que dizer - e a gente também não. A dentista Cristiane R., de 32 anos, lembra uma vez em que passou a tarde inteira bebendo com o affair e, na hora agá, não durou dois minutos. "Quando a gente chegou na minha casa, ele estava tão louco de tesão que, só de encostar, ele já pedia para eu parar ou ele iria gozar", conta a dentista, que fez tudo o mas devagar e delicadamente possível, mas não adiantou nada. "Ele gozou antes que eu tirasse a roupa, como um menino, virgem. Confesso que isso até me excitou para as próximas vezes", diz ela, que riu da situação e se sentiu uma menina super poderosa. "Nos encontros seguintes, ele compensou a performance da primeira vez. E, hoje em dia, rimos à beça quando tocamos no assunto", garante.


Na opinião do psicólogo Paulo Próspero, a saia-justa só acontece quando não há intimidade. "O casal pode passar por situações de constrangedoras quando está no começo do relacionamento e tem medo de quebrar as expectativas do outro. O início de uma realização é cheio de idealizações, e você tem que ser super. Tudo o que dilapida o super pode gerar uma saia-justa", afirma o psicólogo, lembrando ainda que a beleza da intimidade está em superar as inibições.


Perguntado sobre a melhor a ser feito em um momento embaraçoso, Paulo explica que cada caso é um caso, mas ele sugere manter sempre a leveza. "Quando a pessoa é bem resolvida, faz do limão uma limonada. O melhor é usar da criatividade e fazer daquilo uma brincadeira. Com humor, pode-se falar tudo e lidar com tudo, até com saias-justas. O humor é uma redenção", finaliza.

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©2007 '' Por Elke di Barros